quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Por motivo de força maior...
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Testando BLOGGER no Word
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quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Lassidão
Tô cansada...
Cansada de me anular.
Cansada de não ser ninguém.
Cansada de suprimir minhas vontades em detrimento de outrem.
Tô cansada de ser a errada, sempre.
Tô cansada de ser a irresponsável e/ou a responsável.
Cansei de mendigar.
Cansei de tentar entender.
De tentar ser entendida.
De não ser compreendida.
De ter a voz calada.
De ter a razão tirada.
De não dizer a verdade.
Cansei de ser a mesquinha e ter que aturar mesquinharia.
Cansei de passar por cima de mim mesma.
De viver na dependência de esmola.
Esmola de carinho.
Esmola de dinheiro.
Esmola de paz.
Esmola de amor.
Esmola de olhar.
Cansei de deitar de mansinho quando ele tá dormindo e de pular no colchão quando ele se deita.
Cansei de não ter escolha.
Cansei de escolher o que o outro pensa, de zerar minha verdade.
Cansei de ouvir o ruim e ver o bom acontecer logo em seguida, mas não comigo.
De receber o não e ver o sim ser dado a outro.
Cansei de chorar quieta, sem poder expressar o que sinto.
De ter medo de sentir.
De saber que o que eu sinto ofende.
Cansei de sentir.
Cansei de ter tudo pela metade.
Cansei de dividir e ser subtraída.
De compartilhar e ser sozinha.
Cansei de servir.
De ser obrigada a servir.
De ter a certeza de que se eu não servir, não sou nada.
Cansei de ser a mucama e ainda assim não ter valor.
Cansei de cuidar de todos, sempre.
E de não ser cuidada, nunca.
Cansei de ter que virar a página que ainda não terminei de ler.
Cansei de agradar a quem só quer receber.
Cansei de ver a pena nos olhos dos outros.
De ter sempre um fardo pesado nas costas.
De ter sempre a culpa como parceira.
De ter o pranto como amigo.
Cansei de ser cobrada e não poder nem pensar em cobrar.
De ter que achar graça no que não acho.
De fazer festa quando quero estar quieta..
De sorrir quando preciso chorar.
Tô cansada de ter que fingir que tudo tá bem.
Cansada de ver a chance ir embora sem poder agarrá-la.
De depender.
De retroceder.
De me aborrecer.
Cansada de criar expectativas e nada.
De dar e ainda ser cobrada.
De ser feliz com a felicidade alheia.
De saber que posso e não consigo.
De saber que quero e não posso.
De viver em função do que o outro me diz.
De pedir pouco e levar nada.
De ser bem tratada quando sirvo.
De ser desprezada quando tenho crises.
E ver o valor que dão às crises dos outros e repúdio pelas minhas.
Cansada de não saber quando e como posso falar.
De viver achando que errei e procurando meu erro, mesmo sabendo que nada fiz.
Tô cansada de ser sincera e não ter identidade.
De ser honesta e não ter valores.
De buscar o certo e ter que me contentar com o duvidoso.
De tomar um comprimido quando o que precisava era uma palavra.
De me acalentar, abraçar, acalmar e chorar sozinha mais tarde, quando todos dormem.
De me preocupar e ser “só” a neurótica.
Cansada de ser a escrava e dessa relação angustiante com o dinheiro que não é meu.
De ver o que de melhor esse dinheiro compra, pro outro.
De ter que abrir mão de sonhos pra que esse melhor aconteça, pro outro.
De não ter opinião.
De ter a opinião anulada por argumentos falhos.
Cansada de ouvir “por que sim”.
Cansada de ver a vida passar por mim e estar zelando pela vida dos outros.
Cansada de mim.
Cansada de você.
Cansada de nós.
Cansada de tentar conquistar o que nunca vai ser meu.
De tentar conceber uma realidade que nunca nasce.
De judiar de mim pra entregar a alegria pro outro.
De violar meu interior pra exteriorizar o que contenta o outro.
De inventar aparatos para adornar o prazer alheio.
De sustentar hipóteses para alimentar a auto-confiança do outro.
De ver tudo o que sinto e que penso ser posto no lixo como um resto do impraticável.
De tentar respirar e ver que o ar não passa da garganta, não enche os pulmões.
Cansei de brigar pra que me vejam e que me amem, que me permitam ser alguém, que acreditem em mim, no meu potencial, nas minhas idéias, no meu afeto, no meu afinco.
Enfim, tô cansada de tudo isso e tô aqui, longe de saber o que fazer.
Sem saber que rumo tomar e que palavras usar.
A única certeza que tenho, agora, é esse cansaço, que não cabe mais em mim.
2º Leitura: As Intermitências da Morte de José Saramago
3º Frase: Quando será que veremos um final feliz pras mazelas do mundo?
Desafio (11/02/2009)
1º Palavra: magistral = perfeito
2º Leitura: Memórias do Subsolo de Fiòdor Dostoiévski
3º Frase: Impossível ter um livro nas mãos e ler apenas uma frase.quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Desafio
1º Palavra: concernente = (adjetivo de dois gêneros) que tem relação com; que cabe (a alguém ou algo); que interessa ou importa
2º Leitura: As Intermitências da Morte de José Saramago
3º Frase : Estou cansada de ser escrava emocional.
Desafio de 10/02/2009
1º Palavra: estofo = conteúdo
2º Leitura: Memórias do Subaolo de Fiòdor Dostoiévski
3º Frase: A leitura na minha vida é como o ar, imprescindível.
Contrações...
Tô me sentindo uma porca mesmo, porca de gorda.
Mas isso é coisa que se fale em dia de inauguração??
Bom, mas digamos logo a que viemos.
Digamos?? Viemos?? Sou só eu!!
Apesar de ter feito convites e tê-los visto sendo recusados, não esmoreci. Vou tocar essa 'bagaça' sozinha mesmo.
Mas colaborações serão bem vindas, sempre! Por favor!!!
Bom, deixa eu contar a história de como foi concebida a idéia central deste blog.
Sempre quis ser escritora e ainda quero, e vou!
Então, no semestre passado na faculdade, tive uma disciplina que chama "Leitura e Produção de Textos II" com a excepcional professora Audrey. Como entrei na faculdade para fazer o Curso de Letras e não consegui transferência, continuei no curso de Pedagogia, bom, outra hora conto esta história pois ela não tá no contexto agora.
Pois bem, a professora lançou aos alunos, como uma forma de estimular a leitura, um projeto que era um desafio composto por três itens.
O primeiro: Aprender uma palavra nova por dia e incorporá-la ao cotidiano, enriquecendo o léxico.
O segundo: Ler uma frase por dia, de um livro de aproximadamente cem páginas (na turma a maioria não lê com frequência, daí o livro pequeno), previamente escolhido (com algum motivo) e informado à professora. Obs: Se houvesse o hábito da leitura e o livro terminasse antes do tempo previsto, outro livro deveria ser escolhido, para não haver interrupção na leitura. A intenção é uma reprogramação no cérebro, para criar o hábito da leitura.
O terceiro: Escrever uma frase por dia, que não deveria ser do livro, a não ser que se desejasse explanar alguma coisa que tivesse gerado algum aprendizado a compartilhar. A frase deveria conter idéias, argumentações, pensamentos, necessidades, desabafos, etc. Qualquer situação é válida para a frase do dia, com a condição de ser elaborada pelo aluno.
Desses três itens, deveríamos prestar contas do andamento e do resultado do projeto para a professora, a forma de fazer, eu escolheria.
Para começar o projeto, escolhi o livro "Memórias do Subsolo" de Fiòdor Dostoiévski, pelo simples motivo de que já o estava lendo anteriormente e tive que interromper a leitura.
Para apresentar, eu escolhi anotar numa caderneta, que fica, até hoje, na minha mesa de cabeceira sendo recheada todas as noites e também, postar num blog, criado para funcionar como um laboratório de idéias, sendo que neste blog, eu convido as pessoas a participar não só do projeto como também a criar tópicos para debate, troca de conhecimentos e opiniões.
Algum tempo passou e eu não estava na "vibe", como diz uma amada amiga que tenho. E o blog ficou quietinho aqui.
Mas minha necessidade de escrever cresceu bastante nos últimos tempos. Apesar de eu não ter muita intimidade (e nem querer) com compromisso de ter que vir aqui todo santo dia, resolvi finalmente inaugurá-lo, atendendo a irônicos pedidos de debochadas amigas sabe...
Isto posto, não me venham cobrar posts ok, quando for a hora eles acontecem.
Como estamos quase em setembro eu não vou transpor pra cá todas as palavras, frases e livros que já li até agora no projeto ok.
Vou começar de hoje e no final dos posts, acrescento algumas coisas do começo do projeto da facul.
Espero que dê tudo certo.
Quero enfim, agradecer a querida, admirável e inesquecível professora Audrey por esta chance de aprendizado e de produção constante de conhecimento que ela me concedeu. Você estará para sempre em meu coração.
Nasceu!!
Sejam todos muito bem vindos!!